sexta-feira, 24 de agosto de 2007

Cordel do Software Livre





Encontrei este Cordel em uma de minhas leituras sobre tecnologias e educação e no momento exato em que o li lembrei de ti Bonilla, parecia que estava revivendo momentos impares de nossa disciplina e então resolvi postá-lo, não sei se já o conhecias, mas eu particularmente gostei muito e tenho certeza de que será muito interessante para todos que como eu começam a se apaixonar por esta area do conhecimento.

Obrigada por ampliar meus horizontes de maneira tão singular, e por contribuir significativamente para a melhoria de minha prática docente e do meu crescimento pessoal.

Um abraço.


Cordel do Software Livre



Caro amigo que acompanha
Essas linhas que ora escrevo
Sobre um assunto importante
Que até pode causar medo
Mas não é tão complicado
Você vai ficar espantado
Não ter entendido mais cedo
Aqui falo de uma luta
Da mais justa que se viu
Por democratização
Nesse espaço tão hostil
Que é dos computadores
Falo dos novos valores
Que estão tomando o Brasil
Apresento um movimento
De uma luta deste instante
Que mexe com muita gente
Por isso não se espante
Se noutro canto encontrar
Alguém a disso falar
Mal e de modo alarmante
Cordel do Software Livre Cárlisson Galdino 2
Faço apelo à Inteligência
Se encontrar quem diga: "é não!"
Não tome nem um, nem outro
Por verdadeira versão
Leia os dois, mas com cautela
Que a verdade pura e bela
Surgirá à sua visão
Pois eu trago nesses versos
Quem buscar pode encontrar
A verdade, puros fatos
Que podem se sustentar
Já é dito em muitos cantos
Mas como já falei tanto
Vamos logo começar
Computador e internet
Vivem no nosso Presente
Mesmo sendo tão ligados
Cada um é diferente
Mas toda coisa criada
Não serviria pra nada
Se não fosse para gente
Como uma calculadora
Um bocado mais sabida
Nasceu o computador
Pra fazer conta e medida
Mas foi se modernizando
Seu poder acrescentando
E o "programa" ganhou vida
Cordel do Software Livre Cárlisson Galdino 3
O computador não pensa
Precisa alguém dizer
O "programa" é o passo-a-passo
Diz como é pra fazer
Cada passo do roteiro
O computador, ligeiro
Faz logo acontecer
Cada programa é escrito
Por um sábio escritor
Que escreve o passo-a-passo
Como quem está a compor
E escreve totalmente
Como só ele entende
Esse é o programador
O programa assim escrito
Nessa forma diferente
Não é logo percebido
Pela máquina da gente
Um tal de "compilador"
Traduz pro computador
Numa versão que ele entende
E é assim que um programa
Tem duas formas sagradas
Uma pro programador
Outra que à máquina agrada
Sempre que alguém solicita
É a primeira que se edita
E a segunda é recriada
Cordel do Software Livre Cárlisson Galdino 4
Isso parece confuso
Mas não é confuso não!
É como ter um projeto
Pra ter a realização
É como a gente precisa
Tela pra pintar camisa
Como planta e construção
A primeira forma tida
"Código-fonte" se chama
E o programador entende
Essa forma do programa
Mas só é aproveitável
Só no modo "executável"
Computador não reclama
Para o programador
O código é usado
Para o computador
O programa é transformado
O "executável" é feito
Traduzindo, e desse jeito
Temos o segundo estado
E por muito tempo foi
Que todo programador
Toda vez que precisava
De algo que outro já criou
Esse outro prontamente
Passava logo pra frente
O programa salvador
Cordel do Software Livre Cárlisson Galdino 5
O código aproveitado
Poupava trabalho e tempo
O amigo aproveitava
E se estava falho e lento
O programa original
Era mudado, e afinal
Funcionava como o vento
E o programador primeiro
Como forma de "Obrigado!"
Recebia essa versão
Corrigida do outro lado
Graças ao que foi cedido
Com a mudança de um amigo
Dois programas, melhorados
Veja, amigo leitor
Como tudo funcionava
Por que ter que criar de novo
Se isso feito já estava?
Em uma grande amizade
Viveu tal comunidade
Enquanto a Vida deixava
O mundo programador
Nessa vida se seguia
Mas tudo se complicou
Quando em um certo dia
Um programador brigão
Quis arrumar confusão
"Copiar não mais podia"
Cordel do Software Livre Cárlisson Galdino 6
Esse tal programador
Uma empresa havia criado
Queria vender caixinhas
Com um programa lacrado
Cada caixa adorável
Apenas o executável
Trazia ali guardado
E o pior é que a caixinha
Não dava nem permissão
De instalar em outro canto
O programa em questão
Mesmo pagando a quantia
A caixinha só servia
Para uma instalação
Assim veja, meu amigo
Cada programa comprado
Não traz código consigo
Só o que será executado
Não dá mais para alterar
Nem mexer, nem estudar
Esse programa comprado
Veja bem que, além disso
Apresenta restrição
O programa não permite
Uma outra instalação
"Se há outro computador,
Outra caixa, por favor"
É o que eles lhe dirão
Cordel do Software Livre Cárlisson Galdino 7
Desse jeito que tem sido
Nesse mundo digital
Os programas mais famosos
Funcionam tal e qual
Agora lhe foi mostrado
São os "programas fechados"
Como Windows, Word ou Draw
Outra coisa que acontece
Com os programas fechados
É que quem for fazer outro
Terá todo o retrabalho
Haja quinhentos já feitos
Fará de novo, que jeito?
Pois o código é negado
E quem já tem algo pronto
Mais e mais se fortalece
Quem começa hoje sem nada
Não tem chance e já padece
Com poucos fortes então
Há bem pouca inovação
Só o monopólio cresce
Foi desse jeito que um mundo
Tão saudável e integrado
Foi trocado por um outro
Egoísta e isolado
Que lucra um absurdo
E esmaga quase tudo
Que se oponha a seu reinado
Cordel do Software Livre Cárlisson Galdino 8
Todos estávamos tristes
Com nosso triste Presente
Um mundo de egoísmo
Era esperado, somente
Um mundo de ferro e açoite
Mas depois da fria noite
O Sol nasceu novamente
Contra esse mundo cruel
Que tudo quer acabar
Pra dinheiro a qualquer preço
Fazer tudo pra ganhar
Apareceu boa alma
Era o Richard Stallman
Que vinha tudo mudar
Aos poucos foi se formando
Uma grande multidão
De grandes programadores
Para ao mundo dar lição
E aos mais céticos mostrar
Que vale mais cooperar
Que a dura competição
Começaram a escrever
Programas de um novo jeito
E aquele código-fonte
De novo é nosso direito
Permitindo qualquer uso
E toda forma de estudo
Tudo que queira ser feito
Cordel do Software Livre Cárlisson Galdino 9
Mais e mais programadores
Essa idéia apoiaram
E o resultado disso
É maior do que esperavam
Tantos programas perfeitos
São por tanta gente feitos
De todo canto ajudaram
Programas feitos assim
Que nos deixam os mudar
Se chamam Softwares Livres
Mas há algo a acrescentar
Eles deixam ter mudança
Mas exigem por herança
Tais direitos repassar
Assim se eu uso um programa
Que me é interessante
Posso copiar pra você
Eles deixam, não se espante!
Eu posso modificar
E você, se desejar.
Podemos passar adiante
Pra nossa felicidade,
Há tanto programa assim
Que nem dá pra ver direito
Onde é o começo e o fim
Da lista de Softwares Livres
E há muita gente que vive
Com Software Livre sim
Cordel do Software Livre Cárlisson Galdino 10
É Firefox, é Linux
É OpenOffice, é Apache
Pra programação, pra rede
Pra o que se procure, ache
Pra desenho, escritório
Para jogos, relatório
Pro que for, há um que se encaixe
E você, se não conhece
Não sabe o que tá perdendo
A chance de viver livre
Ouça o que estou lhe dizendo
Software Livre é forte
No Brasil, já é um Norte
Basta olhar, já estamos vendo
Maior evento do mundo
Desse tema é no Brasil
NASA, MEC, Banrisul
Caixa, Banco do Brasil
Em Sergipe, em João Pessoa
Em Arapiraca e POA
Software Livre roda a mil
E se a imprensa não fala
É porque tem propaganda
De quem não quer ver o mundo
Ir para onde livre anda
E nada contra a corrente
No Brasil, infelizmente
Na mídia o dinheiro manda
Cordel do Software Livre Cárlisson Galdino 11
Se você quer saber mais
Disso tudo que hoje eu teço
Procure na Internet
Veja agora uns endereços
softwarelivre.org
br-linux.org
E a atenção agradeço
FIM


Autoria: Cárlisson Galdino
Este cordel pode ser distribuído e modificado, desde que você respeite a licença Creative Commons – Atribuição – Compartilhamento pela Mesma Licença. Ou seja, você pode copiar, imprimir, etc. E pode até modificar, mas tem que dizer quem foi o autor do original e tem que permitir que outras pessoas também possam passar adiante e modificar. Você ganhou o direito,
então passe pra frente!
Visite também o site do autor:
http://bardo.cyaneus.net
Cordel do Software Livre Cárlisson Galdino 12

Educação à distância


A Internet vem sendo utilizada no apoio à Educação, em particular à Educação a Distância, devido, principalmente, à natureza de seus serviços, sua abrangência e seu custo.
NO mundo de hoje,no enntanto existem pessoas que vivem correndo, sem muito tempo disponível e, procurando a facilidade, a comodidade de receberem atividades menos cansativas, uma vez que não frequentam sala de aula a semana inteira e que podem buscar sempre alguém para ajudar nos trabalhos acadêmicos, que possuem prazos para entrega e dispensam o estress da rotina de sala de aula.
Muitos, ainda, buscam este tipo de Educação, querendo apenas o diploma e não conhecimento”, mas isto são exceções.
Triste realidade em que se encontram as escolas de nosso país, tão distantes da modernidade!É verdade, a INTERNET e as novas tecnologias estão trazendo novos desafios para todos e acredito que os ambientes virtuais de aprendizagem possibilitam desenvolver atividades a distância que são compartilhadas por todos de forma eficaz e prazerosa. Numa nova reflexão após a leitura de um texto de Eduardo Chaves sobre A Educação a distância, Aprendizagem a distância e Ensino a distância, muitas vezes denominações equivocadas uma vez que a aprendizagem não ocorre a distância, mas dentro de cada um. Porém o autor defende que o ensino sim pode ser a distância e eu compartilho desta opinião com ele uma vez que aprender a muito já deixou de ser algo que possa ser feito somente dentro de quatro paredes com um mediador à frente dizendo que deve ser feito. A net abriu novas tendências que vieram pra ficar. O interessante no entanto é saber a veridicidade de tais informações para que a aprendizagem seja de qualidade e não de senso comum.A aprendizagem advinda dessa relação terá mais significado por ser uma ação determinada por uma motivação do sujeito que deseja aprender e ampliar seus conhecimentos por vários motivos. E alem disso é uma prendizagem mais tranquila , cada um no seu ritmo e tempo de aprendizagem .uisição de conhecimento.Imagine se não houvesse tantas diferenças nas escolas em relação ao recursos disponíveis, com certeza o processo de xclusão seria minimizado, visto que a tecnologia hoje é sem dúvida uma advento da modernidade e em se tratando de educação já se torna dificil imaginar uma sem a outra. Triste realidade em que se encontram as escolas de nosso país, tão distantes da modernidade!
Entre todos os serviços de acesso a informações oferecidas pela Internet, a World Wide Web, também conhecida como WWW, é aquele que, atualmente, possibilita a maior difusão de aplicações educacionais. A WWW foi concebida como um integrador de textos, imagens e sons baseado em hipermídia. Ela permite ao usuário buscar e recuperar informações distribuídas por diversos computadores que integram a rede e que suportam esse serviço e, com isso, torna-se irrelevante para o usuário a localização física dos documentos recuperados.
A navegação educativa na Internet amplia significativamente os recursos de apoio à Educação em todos os níveis de ensino (Fundamental, Médio e Superior), podendo ser utilizada para obtenção de artigos e publicações, informações sobre programas educativos, cursos on-line e, até mesmo, para conduzir o usuário a ambientes virtuais (museus, lugares históricos, centros de pesquisa, etc). As potencialidades da Internet na Educação não se limitam apenas à busca de informações. A Internet surge como um novo instrumento com o qual é possível ensinar, aprender, discutir e construir.
As informações disponibilizadas na WWW são estruturadas como hipertextos por meio da associação entre termos pré-selecionados pelo autor e outros documentos. Estes são constituídos de textos, imagens, vídeos, sons e gráficos. A associação depende do autor e pode possuir objetivos diversos, tais como: explicar ou detalhar um conceito, definir um termo, ilustrar um fato, apresentar uma informação correlata, etc. O autor necessita, portanto, de uma linguagem de autoria que o permita preparar os documentos, estabelecendo links (associações) entre os termos pré-selecionados com os demais documentos.
Enfim é como Bonilla disse: Estamos na era do vai ou vai e não podemos fugir da tecnologia , seja na educação á distância ou na presencial.

Hipertexto


Hipertexto é comumente definido como uma forma não linear de armazenamento e recuperação de informações. Isto significa que a informação pode ser examinada em qualquer ordem, pela seleção de tópicos de interesse (Mendonça & Rocha, 1993). Dessa forma, um hipertexto tem como principal característica a capacidade de interligar pedaços de textos ou outros tipos de informação entre si por intermédio do uso de palavras-chave (Kahn & Meyrowitz, 1988).
Segundo Pimentel (1989), o termo hipertexto é atribuído a Theodore Nelson (1960) e referia-se aos primeiros sistemas construídos com a filosofia de ligações embutidas. Lévy (1990) atribui a idéia de hipertexto a Vannevar Bush (1945) no seu artigo "As We May Think". Bush, já nesse artigo, afirmava que o raciocínio humano funciona por associações, saltando de uma representação a outra ao longo de uma rede de conhecimento. Nelson (1960), ao inventar o termo hipertexto, visava exprimir idéias de leitura e escrita não linear utilizando um sistema informatizado (XANADU).
Tecnicamente, Lévy (1990) descreve um hipertexto como um conjunto de nós conectados por ligações. Os nós podem ser palavras, páginas, imagens, gráficos, seqüências sonoras e documentos complexos. Os itens de informações não são ligados linearmente, mas sim, por meio de ligações como estrelas de forma reticular.
Funcionalmente, o hipertexto é um ambiente de software para a organização de conhecimentos ou dados para a aquisição de informações e para a comunicação. Segundo - Berk (1991), hiperdocumento é um documento de hipertexto construído em parte pelo autor e em parte pelo leitor. Em um recenseamento citado por Lévy (1990), os produtos de software de hipertexto são, em sua maioria, destinados à educação (pg.38).
Já Campos (1994), citando Macdaid (1991), define hipermídia como um estilo de construção de sistemas para a criação, manipulação, apresentação e representação da informação na qual:
• A informação se armazena em uma coleção de nós multimídia;
• Os nós se encontram organizados em forma explícita ou implícita em uma ou mais
estruturas (habitualmente uma rede de nós conectados por links);
• Os usuários podem acessar a informação, navegando por meio das estruturas disponíveis.
Hipertextos, hipermídia e multimídia são particularmente adequados à educação. Lévy
(1990) enfatiza que a interação ativa de um indivíduo com a aquisição do saber é pedagogicamente interessante. Com a multimídia interativa, isto é, com a possibilidade de uma dimensão reticular, não linear, há o favorecimento de uma postura exploratória diante do conteúdo a ser assimilado. Dessa forma, hipermídia estaria relacionada a uma aprendizagem ativa. Nesse sentido, Midoro et alii (1992) ressaltam que o produto de hipermídia e o processo de desenvolvimento de uma aplicação interessam, ambos, à educação. O produto de hipermídia consiste em sistemas que tornam possível a disponibilidade de uma grande quantidade de material de aprendizagem estruturado. Este é acessível a partir de uma máquina e navegável por intermédio de ligações explícitas. O material de aprendizagem armazenado no produto de hipermídia envolve comunicação de instruções baseada em diferentes canais (texto, gráficos, áudio, vídeo, etc.).

A NOVA RELAÇAO COM O SABER



Temos que ser homens do nosso tempo, já dizia Paulo Freire...temos que estar preparados agora para assimilar também a Tv digital que já deve está chegando por aí.Mas essa necessidade de aprender, de somar,de dividir/partilhar saberes nos faz diferentes de outras pessoas,por isso o ser professor torna-se sacerdócio, só estamos felizes quando somos capazes de aprender, partilhar e reaprender enquanto ensinamos/monitoramos.

" São mesmo as tecnologias que vão sendo aprimoradas durante o processo de desenvolvimento da humanidade. Só que como diz Chaves: A educação parece adormecida diante dessas modificações. Ou melhor não consegue acompanhar com o suprimento de ferramentas , não consegue formar os profissionais para lidar e ampliar seus conhecimentos com o empenho da democratização do conhecimento formal , enfim, esbarramos nas politicas dos poderes públicos e na falta de interesse em fazer avançar com qualidade a educação em nosso país, mas não nos curvamos nesta luta.

"Computador/rede, mas o termo Educação a distância já foi internalizado por todos, assim causa um certo conforto,pois já fica subentendido o processo pelo qual ele perpassa que é aquisição do conhecimento por meio do uso da rede, logo à distância. Complicado, né ? Mas essa atititude do própria do homem, não se aplica somente a essa nomenclatura;!...a gente te acostuma a acordar sobresaltado porque está na hora...de tomar café correndo porque está atrasado...de comer sanduiche porque não dá para almoçar...de sair do trabalho cansado...de não olhar para fora da casa/apartamento,logo se acostuma a não abrir as cortinas, logo, se acostuma a acender mais cedo a luz. E a medida em que se acostuma, se esquece do sol, esquece do ar,esquece da amplidão...A gente se acostuma a ser acostumado."

Acredito que a adaptação às novas tecnologias e a capacitação para lidar com elas é um assunto muito mais amplo do que podemos imaginar,sabemos que vida de professor não é fácil,não sobra tempo para nada...às vezes nem mesmo para aprender...utópico? Não, cruel!E o salário, ah, esse é melhor nem comentar. Buscamos sempre coisas novas para enriquecer nossas aulas,torná-las mais agradáveis, mas a realidade aponta para a falta de recursos básicos como papel para copiar nossas avaliações,buscamos um mundo lindo virtual e imaginário rs,mas nos deparamos com situações que parecem imutáveis...É preciso amar para acreditar que ainda há esperança.

Acredito sim, que já estejamos fazendo esse upgrade,não só pelo fato de estarmos buscando novos usos, aplicações, recursos,mas principalmente porque a cada nova aprendizagem surge aquela sede de testar de aprender e ensinar a aprender e isso faz toda a diferença, pois sabemos que ao trabalhar com os softwares educativos, estaremos colocando os nossos alunos em frente de novas formas de aprender que por vezes podem ser mais estimulantes e instigantes de novas reflexões.

Software? Software livre ?



Software, Software livre - são palavras muito comuns neste mundo tecnologico que vivemos.Mas foi durante a aula que me atentei para o real significao desta palavras, que segundo a professora Bonilla, softwares, são programas - uma linguagem de programação especifica -Linguagem humana simplificada, compreensivel pelo homem e pela máquina. Na realidade o programa é um código fonte que passa por um processo de compilação, em siintese pude comprender que todo e qualquer programa de computador se chama software e que quando este programalibera seu código fonte ele é chamado de software livre, ou seja, quando podemos utilizar, modificar e apenas informar quem é o autor, enquanto que os software proprietários não nos permite esta mobilidade, só podemos utilizá-los no modo executavel. Após algumas leituras, eu que era amante de softwares proprietários, comecei a perceber que realmente só quem acredita que o conhecimento deve ser compartilhado trabalha com software livre, o Linux é um exemplo de software livre.
A ignorancia, se é que posso chamar assim ainda é grande por parte de muitos usuários de software proprietários, ELES ACREDITAM QUE O SOFTWARE LIVRE causa problemas ao PC e não garante a mesma qualidade de programas, balelas, há programas corespondentes a todos os softwares proprietários e sendo o outro gratuito, ainda temos vantagens como a ausencia de virus.
"Há muitas formas de compreender a tecnologia. Para alguns ela é fruto do conhecimento científico especializado. É, porém, preferível compreendê-la da forma mais ampla possível, como qualquer artefato, método ou técnica criado pelo homem para tornar seu trabalho mais leve, sua locomoção e sua comunicação mais fáceis, ou simplesmente sua vida mais satisfatória, agradável e divertida."(Eduardo Chaves).Estamos tão acostumados a olhar o presente e o futuro que esquecemos o passado, daí atribuímos o nome tecnologia somente aos recursos tecnológicos que em educação está diretamente ligado ao computador/internet/rádio/tv/dvd etc. Na verdade, temos a nossa disposição uma enorme gama de recursos, mas precisamos aprender a usá-los de forma significativa, senão estaremos aplicando o velho adágio popular inglês "old wine in new bottles",velho vinho em garrafas novas " rs.

"Interação ou interatividade?"



Interação? Interatividade?O que é isto meu Deus? Será que é a mesma coisa e eu simplismente tratava como sinônimos? ou o que é pior, acreditava que pudesse ser uma questão de grau de instrução a aplicação um ou de outro vocábulo.
Hoje, após a aula de Bonilla e das leituras que a sucederam percebo que mesmo em minha ignorancia tinha uma opinião que é compartilhada por muitas outras pessoas e me rótulei como senso-comum, como aquela pessoa que que via eletro-eletrônicos, brinquedos, Shows, teatro ou qualquer coisa que permitia uma certa troca como ou controle como interatividade.


Agora posso dizer que consegui perceber a diferença que não é tão sútil quanto acreditava e que não é apenas semantica se apresenta como uma barreira estreita, mas é uma barreira.
Os fundamentos da interatividade podem ser encontrados em sua complexidade na informática, no ciberespaço, na arte digital, na "obra aberta" e "participacionista" dos anos 60, na teoria da comunicação, etc. São três basicamente: 1) participação-intervenção: participar não é apenas responder "sim" ou "não" ou escolher um opção dada, significa modificar a mensagem; 2) bidirecionalidade-hibridação: a comunicação é produção conjunta da emissão e da recepção, é co-criação, os dois pólos codificam e decodificam; 3) permutabilidade-potencialidade: a comunicação supõe múltiplas redes articulatórias de conexões e liberdade de trocas, associações e significaçõescomo afirma Arlindo Machado.
Estes fundamentos, segundo Marco Silva resguardam o sentido não banalizado da interatividade e inspiram o rompimento com o falar-ditar do mestre que prevalece na sala de aula. Eles podem modificar o modelo da transmissão abrindo espaço para o exercício da participação genuína, isto é, participação sensório-corporal e semântica e não apenas mecânica.
Em síntese, a interatividade contribui para sustentar em nosso tempo, que educar significa preparar para a participação cidadã, e que esta pode ser experimentada na sala de aula interativa (informatizada ou não, à distância ou presencial), não mais centrada na separação da emissão e recepção. De resto, na sala de aula interativa, a imaginação criadora do professor é solicitada como nunca. E isto foi o que quisemos demonstrar através das dinamicas durante a apresentação do Seminário sobre interatividade.

Tecnologia e Novas Educações.


Se considerarmos a situação de nossas escolas, cujos mecanismos de controle e disciplina pautam-se em atribuir ao professor o papel centrado em “dar aula”, transmitindo as informações, marcado pela presença quase que única do livro didático descontextualizado e pelos conteúdos memorizados e repetidos até a sua fixação. Isto é o que caracteriza resumidamente nossa escola tradicional, definida muitas vezes como um repositório de conteúdos pedagógicos, trabalhados de forma rígida, fechada e puramente teórica.
Em um primeiro momento, parece ser muito pretensioso pensarmos no encontro de tecnologias digitais convivendo harmoniosamente em ambientes escolares, com professores e alunos articulados e usando-as no desenvolvimento de projetos. MAS, se a tecnologia for usada como uma aliada na criação de um processo educacional, melhor ela complementará as habilidades individuais e auxiliará na construção de um mundo que dá um sentido maior para a vida.
Adicionando a esses dados, salientamos que vivemos em um mundo em profunda crise social, moral e afetiva. É urgente trabalhar a favor de uma nova sociedade e acreditarmos que a mudança nos trabalhos pedagógicos com a integração das tecnologias no processo educacional pode ajudar a resgatar o ser humano para o afloramento de uma sociedade mais consciente e justa.
No entanto, se faz necessário uma capacitação contínua dos educadores para atuarem na criação de novos ambientes de aprendizagem, procurando desfazer as desigualdades e as exclusões digitais e sociais.
Muitas vezes o professor se depara com uma situação precária em relação à tecnologia E, é fundamental que o professor tenha conhecimento técnico e, ao mesmo tempo, entenda suas implicações pedagógicas para orientar novos encaminhamentos que permitam ao aluno compreender o que está fazendo (Valente, 2003). Um outro aspecto interessante é que ao utilizar a tecnologia os alunos resgataram em suas ações, a história, a arte e a cultura.
Esta reflexão revela que no processo de reconstrução da prática pedagógica, voltada para o trabalho com projetos, e que integram mídias, conteúdos, competências, é necessário ter o apoio da comunidade escolar e a parceria entre os profissionais. Esta parceria pode ser construída no compartilhamento de experiências, reflexões e sentimentos durante a realização do projeto, uma que vez que nesta situação prática o professor precisa recriar estratégias pedagógicas, que contemplam as necessidades e os interesses dos alunos.

quinta-feira, 9 de agosto de 2007

O Computador e a Teoria da Aprendizagem

Computador e a Teoria da Aprendizagem

Educação é um processo continuo e dinâmico que permite ao indivíduo apropriar-se de conhecimentos. Seguindo a linha vigotskiana, Oliveira( 1993), salienta a importância do social no desenvolvimento humano e afirma que o aprendizado possibilita o despertar de processos internos do indivíduo. Processos estes, que, ligam o desenvolvimento da pessoa com a sua relação com o ambiente sócio-cultural em que vive. O homem é um ser social por natureza, e é na interação com o meio físico e com outros indivíduos que aprende e consequentemente se desenvolve. Demo(1993), ao conceituar qualidade educativa realça a necessidade de acesso ao conhecimento básico que garanta ao indivíduo condições de produção como também de participação. Isto quer dizer que ao participar o indivíduo está interagindo com o meio, num processo de trocas mútuas com os outros indivíduos que também são parte integrante desse meio. Nessa perspectiva, para que a participação seja efetiva é preciso que a educação seja baseada na organização do sujeito histórico que ao ler e interpretar a realidade, que deve ser fundamentada teoricamente, se utilize de seu potencial crítico e criativo. E Interpretar a realidade hoje não é o mesmo que interpretá-la, a algum tempo atrás. Os avanços tecnológicos estão, a cada dia ,tomando um espaço maior na nossa sociedade. As relação entre escola, trabalho, cidadania, por exemplo, se modificam mais e mais a medida que a tecnologia avança e, nós, como educadores temos que estar atentos a estas mudanças para analisar de que forma a educação, e especificamente a escola (como instituição formal do processo educativo) pode contribuir na reorganização desta sociedade .
Educar eqüivale a socializar os alunos, torná-los participantes do legado cultural da sociedade da qual são membros e dos principais objetivos, problemas e peculiaridades do resto da humanidade. (Santomé,1996:14)
As experiências sociais e históricas já consolidadas em conjunto com a maturação física produzem o que Vygotsky chama de funções psicológicas superiores humanas que são os "mecanismos psicológicos mais sofisticados, mais complexos que são típicos do ser humano e que envolvem o controle consciente do comportamento(...)"(Oliveira,1994:26). Estas funções são desenvolvidas através da intervenção de um terceiro elemento que se caracteriza como sendo um elemento mediador na relação entre sujeito e objeto. Esses mediadores podem ser de dois tipos: Os instrumentos e os signos.
Segundo Oliveira(1994), numa análise feita ao trabalho de Vygotsky, os instrumentos são feitos com um determinado objetivo, tendo um fim específico, construído durante a historia cultural e social do trabalho coletivo permitindo ao homem modificar a natureza, servindo como mediador entre o indivíduo e o mundo; Os signos agem como instrumentos internos do indivíduo funcionando como controlador dos processos psicológicos e não na ação do mundo físico. Os signos servem para lembrar, comparar coisas, escolher, memorizar, etc. do mesmo modo como os instrumentos são elementos externos ao indivíduo, os signos são instrumentos psicológicos, que vão agir dentro do indivíduo. Os signos possuem dois sentidos: o real, que é o seu significado estabelecido histórico e socialmente, e o subjetivo que é estruturado a partir das experiências de cada indivíduo.
As aprendizagens coletivas e o desenvolvimento humano se influenciam reciprocamente, e a escola é o lugar ideal para que estes processos realmente aconteçam de forma integrada na medida em que o professor, em seu papel de mediador seja capaz de intervir no processo de aprendizagem do seu aluno. Acredita-se que a aprendizagem mediada seja retida com mais facilidade porque se constatou, através de estudos e pesquisas feitas sobre os sistemas simbólicos, que a partir de determinado momento ou fase a figura mediadora internaliza-se, não necessitando mais da presença física de pessoas ou objetos.
O desenvolvimento humano se dá, segundo Vygotsky de acordo com o nível de Desenvolvimento Real e nível de Desenvolvimento Potencial. O primeiro se refere aos conhecimentos já consolidados nas interações com indivíduos mais experientes. O segundo refere-se aos conhecimentos que podem ser consolidados, os que o indivíduo realiza com ajuda de outras pessoas.
Entre esses dois níveis, está zona de Desenvolvimento Proximal que se caracteriza como um despertar de vários processos internos que se tornarão consolidadas a partir da interação com companheiros mais eficientes em conjunto com as várias possibilidades de construção. É nesse momento que se faz necessária a presença do professor que "tem o papel explícito de intervir na Zona de Desenvolvimento Proximal dos alunos, provocando avanços que não ocorreria espontaneamente,"(Oliveira,1994:62) pois é a aqui que se dá o processo de transformação: o que se consegue fazer hoje com a ajuda de alguém pode ser feito amanhã sem nenhuma ajuda. “Essa possibilidade de alteração no desempenho de uma pessoa pela interferência de outra é fundamental na teoria de Vygotsky(...)" (Oliveira, 1994: 59).

Com o desenvolvimento tecnológico, surge o computador como uma construção do homem e que precisa desse homem para utilizá-lo de forma criativa e crítica. "Sozinho, ele não é inteligente nem criativo e não sai de um trabalho algorítmico"(Babin e Kouloumdjian, 1989:144) . O computador é um elemento que se utiliza de várias formas de linguagem: palavras, símbolos, gráficos imagens sons que permitem a interação dos aspectos cognitivos com os equipamentos tecnológicos ampliando, dessa forma as nossas possibilidades de reformulação do meio social .
O computador permite construir objetos virtuais, modelar fenômenos, possibilitando o estabelecimento de novas relações para a construção do conhecimento ao mediar o modo de representação das coisas através do pensamento formal, que é abstrato, lógico e analítico.(Afira)
Para garantir a concretização desse novo elemento no meio escolar, a escola deve estar preparada para ser um ambiente aberto à comunicação à produção de conhecimentos, à sensibilidade, a cultura, ao lazer e ao prazer de socialização dos diversos saberes para que a educação realmente se processe nesse espaço.
Educamos de verdade quando aprendemos com cada coisa, pessoa ou idéia que vemos, ouvimos, sentimos, tocamos, experienciamos, lemos, compartilhamos e sonhamos; quando aprendemos em todos os espaços em que vivemos , na família, na escola, no trabalho, no lazer, etc. Educamos aprendendo a integrar em novas sínteses o real e o imaginário; o presente e o passado olhando para o futuro; ciência, arte e técnica; razão e emoção. (Moran)
É fundamental que os professores assumam uma nova responsabilidade em relação a sua prática pedagógica para que o computador não se torne um mero recurso pedagógico a seu serviço. Segundo Valente(1994), o professor deve, além de manusear o computador, estar preparado para usar a informática com os seus alunos, não apenas para observar suas dificuldades frente a máquina, mas para auxiliá-los e intervir sempre que possível para que as dificuldades sejam superadas. A participação do aluno no processo de aquisição do conhecimento é fundamental e o professor deve sempre estar presente para interpretar e contextualizar as necessidades individuais e grupais. Sobre isso Levy(1993) assinala
É bem conhecido o papel do fundamental do envolvimento do aluno no processo de aprendizagem. Quanto mais ativamente uma pessoa participar da aquisição do conhecimento, mais ela irá integrar e reter aquilo que aprender.(1996:40)


Informática Educativa e Interdisciplinaridade

O que é e como utilizar os projetos interdisciplinares na escola? Em que a interdisciplinaridade pode ajudar na formação do cidadão? Qual a relação entre Novas Tecnologias e projetos pedagógicos interdisciplinares?
Muitos autores acreditam que a necessidade dos trabalhos interdisciplinares na escola vem da complexidade dos problemas da atual sociedade, da necessidade de levar em conta o maior número possível de pontos de vista. Para outros, a problemática da interdisciplinaridade é conseqüência de interrogações sobre os limites entre as diferentes disciplinas e organizações do conhecimento, sobre a possibilidade de obter maiores parcelas na unificação do saber.
Termos como multidisciplinaridade, interdisciplinaridade, transdisciplinaridade, educação global, metodologia de projetos, entre outros, surgem com o objetivo de mudar a “cara” do processo educacional, porém a palavra muitas vezes não traduz o que realmente se deseja: tornar o conhecimento global, não fragmentado, trabalhar com as necessidades dos alunos, levando em consideração a vivência de professores e alunos como um elo propulsor da construção do conhecimento.
Através de projetos interdisciplinares o currículo pode ser organizado não só em torno de disciplinas, como costuma ser feito, mas de núcleos que ultrapassam os limites das disciplinas, centrados em temas, problemas, tópicos, instituições, períodos históricos, espaços geográficos, grupos humanos, idéias, etc.
Numa análise sobre os currículos atuais Santomé (1998: 40 )afirma que:
“Se algo está caracterizando a educação obrigatória em todos os países, é o seu interesse em obter uma integração de campos de conhecimento e experiência que facilitem uma compreensão mais reflexiva e crítica da realidade, ressaltando não só dimensões centradas em conteúdos culturais, mas também o domínio dos processos necessários para conseguir alcançar conhecimentos concretos e, ao mesmo tempo, a compreensão de como se elabora, produz e transforma o conhecimento, bem como as dimensões éticas inerentes a esta tarefa. Tudo isso reflete um objetivo educacional tão definitivo como é o “aprender a aprender”.
A interdisciplinaridade é fundamentalmente um processo e uma filosofia de trabalho que entra em ação na hora de enfrentar os problemas e questões sociais.
Os currículos são estruturados em disciplinas, porém uma possibilidade é a de entrelaçar as diferentes áreas do conhecimento e experiências para que possam contribuir de modo mais eficaz e significativo com os trabalho de construção e reconstrução do conhecimento e dos conceitos, habilidades, atitudes, valores, hábitos que uma sociedade estabelece democraticamente ao considerá-los necessários para uma vida mais digna, ativa, autônoma, solidária e democrática. Se analisarmos, por exemplo, uma experiência científica, ela tem várias outras dimensões como a social, estética, lingüística, matemática, etc. Assim,
“ As propostas integradoras favorecem tanto o desenvolvimento de processos como o conhecimento dos problemas mais graves da atualidade. Facilitam o crescimento psicológico do indivíduo, o desenvolvimento das estruturas cognitivas de alunos e alunas, de suas dimensões afetivas e de relação social, de seu desenvolvimento físico, mas também permitem que sejam adquiridos aqueles marcos teóricos e conceituais, métodos de pesquisa, etc., que facultam para analisar, revisar e contribuir para o avanço e o crescimento das diferentes ciências e âmbitos do saber de uma sociedade concreta. Deste modo alunos e alunas preparam-se para enfrentar os problemas cotidianos nos que estão envolvidos, bem como os que os aguardam em um futuro próximo, porém sem estar pensando se necessitarão uma informação ou destreza matemática, física ou lingüistica.” (Santomé, 1998:125)
A interdisciplinaridade tratada como uma forma de integração, comunicação entre os professores, entre os diversos conhecimentos, facilitará a solução de vários destes problemas. Os alunos poderão começar a vislumbrar uma educação mais globalizada, onde as suas experiências, interesses, os conteúdos culturais possam fazer parte das discussões na sala de aula, desta forma, teremos uma grande possibilidade de começar a formar os cidadãos.


Tecnologia e Educação

A tecnologia atinge um dos graus mais elevados de complexidade para a nossa época. O homem tem que se adaptar às diversidades tecnológicas e criar metodologias que sejam adequadas à educação. A nova tecnologia está relacionada com a produção cultural, por isso ela é chamada por Pierre Levy (1995) de Tecnologias Intelectuais. As Novas Tecnologias não são meramente instrumentos, mas sim, elementos estruturantes que levam o indivíduo a resolver problemas, criar, memorizar, criticar, armazenar, pensar hipertextualmente os dados procurados.
Tudo que o homem utiliza como recurso para se chegar ao conhecimento é reconhecido com tecnologia – a língua, a escrita, o livro, o giz, o computador, etc. Falando especificamente, o computador é muito mais que um recurso tecnológico, ele passa a ter um novo significado, ligando conceitos, fazendo pontes, estruturando pensamento, fazendo do sujeito um agente ativo e pensante perante a sociedade. O propósito não é de supervalorizar a máquina, mas sim tirar dela o maior proveito possível. O objetivo seria então, buscar conjuntamente com especialistas na área de educação os melhores caminhos para trilhar de maneira concreta este nova era.
A tecnologia, nesta perspectiva, é fundamental, visto que ela pode ajudar a mudar a forma de pensar e agir de alunos e professores, a integração não só de grupos que estejam em um mesmo espaço físico (escola, por exemplo), mas de pessoas do mundo inteiro, trocando experiências, conhecendo novas realidades, pode definir uma nova perspectiva para a educação. O uso de aplicativos como o Word, Power Point, Excel, Access, Paint e Toolbook, integrados ao uso da rede Internet, podem ajudar a formar pessoas mais abertas à mudanças, que saibam lidar com diferenças, trabalhar em grupo e que percebam a importância da quebra das barreiras de tempo e espaço como uma nova forma de viver e conviver. A Internet, por exemplo, propicia a troca de experiências, de dúvidas, de materiais, as trocas pessoais, tanto de quem está perto como longe geograficamente. Ela pode ajudar o professor a preparar melhor a aula, a ampliar as formas de lecionar, a modificar o processo de avaliação e de comunicação com o aluno e como os seus colegas. O professor e os alunos podem ter acesso aos últimos artigos publicados, às notícias mais recentes sobre o tema a ser trabalhado, pode pedir ajuda à outros colegas – conhecidos ou desconhecidos. Segundo Moran (1997:2) a Internet será ótima para professores inquietos, atentos a novidades, que desejam atualizar-se, comunicar-se mais.
Ambientes informatizados criam todo um espaço para o desenvolvimento interdisciplinar, mediante o desenvolvimento de projetos e atividades integrando várias disciplinas. O computador, neste contexto, é visto como um objeto para a expressão da criatividade, que estrutura novas formas de pensar, agir, sentir... além de ser uma ferramenta para a integração e organização de conteúdos socialmente relevantes. A interdisciplinaridade torna os limites entre as disciplinas muito tênue, derrubando barreiras que foram construídas entre as ciências humanas e exatas.
Muitos acreditam que a tecnologia é uma das possíveis soluções para todos os problemas educacionais. Entretanto como afirma Ripper (1996:2)
“ (...) a tecnologia não é por si só a solução para esta mudança, podendo inclusive ir contra ela se for introduzida de forma a reforçar o modelo de ensino massificante, escondendo este reforço atrás de uma aparência de modernidade. (...) é necessário preparar o professor para assumir uma nova responsabilidade como mediador de um processo de aquisição de conhecimento e de desenvolvimento da criatividade dos alunos. Introduzida neste contexto, a tecnologia pode ser uma ferramenta valiosa, facilitando esta intermediação e um atendimento mais individualizado, e ajudando a remover barreiras ao processo de descoberta e ao acesso ao conhecimento.”
Reafirmamos as palavras de Ripper quando diz que o professor precisa estar preparado para mediar o processo de construção do conhecimento na era tecnológica. Mas, se a sociedade está exigindo pessoas criativas, críticas, autônomas, para um novo mercado de trabalho, para formar estas pessoas, é necessário inicialmente que o professor também tenha estas características. Para que haja um ambiente que incentive a criatividade do aluno é necessário criar condições para que o professor também possa agir criativamente. Se queremos alunos que saibam buscar informações e transformá-las em conhecimento e saber, é necessário que o professor também tenha uma postura de pesquisador. Mas como fazer com que pessoas que estão acostumadas a transmitir e reproduzir conhecimento comece a criar, produzir este mesmo conhecimento?
Acreditamos que é necessário redefinir o papel do professor e suas práticas pedagógicas. A construção do conhecimento deve ser coletiva, compartilhada entre professor e aluno. É necessário que o professor entenda o seu papel como um trabalhador intelectual e que a inserção da novas tecnologias na escola possa propiciar um ambiente criativo. Moraes (1997) afirma que:
“ (...) a ampliação e a dinamização dos processos vivenciais criativos possibilitam ao indivíduo maior compreensão dos processos de mudança que ocorrem tanto consigo mesmo como aqueles derivados da dinâmica evolutiva do mundo em que se vive. Permite também a ocorrência de avanços e saltos na história da humanidade.”
Diante de todas estas discussões surge a certeza de que é necessário a reorganização do âmbitos do saber para não perder a relevância e a significação dos problemas a detectar, pesquisar, intervir e solucionar.
Sabemos que a formação do cidadão não pode ser construída a partir de conhecimentos fragmentados. Também é preciso frisar que trabalhar de forma interdisciplinar atualmente (por ser a prática mais significativa nas escolas públicas) pode significar formar um novo tipo de pessoa, mais aberta, flexível, solidária, democrática e crítica. O mundo atual precisa de pessoas com uma formação cada vez mais ampla para enfrentar uma sociedade na qual a palavra mudança é um dos vocábulos mais freqüentes e onde o futuro tem grau de imprevisibilidade como nunca em outra época da história da humanidade.
BIBLIOGRAFIA:
OLIVEIRA, Marta Koln de. Vygotsky . Aprendizagem e Desenvolvimento: Um Processo Sócio-histórico. 2ª ed.Scipione ,
1991.
LÉVY , Pierre. As tecnologias da Inteligência – o Futuro do pensamento na era da informática. Fundação Carlos Irineu da
Costa. Rio de Janeiro: Ed.34,1993.
VALENTE, José Armando.(org.). Formação de Profissionais na Área de Informática em Educação . Campinas : Gráfica Central da
Unicamp,1993.

sexta-feira, 13 de julho de 2007

Ciência, Tencologia, Educação e Sociedade.







A Ciência é algo maravilhoso, pesquisar, experimentar, testar e analisar os dados e colocá-los em prática, ou seja a disposição dos outros em vários tempos e lugares se torna uma sensação indiscrivel. A tecnologia é uma Ciência de informação muito importante no mundo de hoje, mas que já existe a muitos anos, e que deu um grande passo com a descoberta do fogo, porém, mesmo com todo o avanço tecnologico que temos conquistado ao longo dos anos, ainda existem pessoas para as quais este progresso ainda não chegou. Essa tecnologia digital tão sonhada só se tornará real quando cientistas e educadores se unirem e pensarem politicas de inclusão digitais mais eficazes e estratégias sociais para colocarem-nas em prática.

De que adianta existir se não puder co-exstir e integrar-se com as maiorias? Este maravilhoso mundo precisa abrir suas portas para que todos que o busca, possam adentrá-ló, uma vez que, só através do exercício prático poderemos começar a desvendar seus mistérios, nos encantar, e desabrochar para este novo mundo que não mais deve pertencer a um futuro distante.
A criação deste blog, por exemplo,pode abrir um espaço de construção colaborativa, de trocas de idéias que sem dúvida vão favorecer, e muito, o nosso interesse por aprender a aprender.
Eu por exemplo, já havia criado um blog em um curso sobre Mídias Digitais. Neste período, descobri que os blogs estão se profissionalizando e deixando de ser apenas 'diário virtual adolescente' para virar palco de discussões e fonte de informações para muitos setores.Percebi que o Blog traz um espaço digamos mais solto, democrático, agradável para nossas atividades pedagógicas. Nós sabemos que a tecnologia atraí o aluno que vê nela um espaço onde ele pode se expressar com mais liberdade.
É realmente inquietente quando vemos as grandes possibilidades que a tecnologia virtual pode nos oferecer de novo e bom. Infelizmente ainda temos um desafio a vencer que é um maior e melhor acesso dos alunos à Internet, pois a falta de laboratórios nas escolas é um problema. O outro é a otimização dos recursos nas escolas onde já existem os laboratórios. Claro que as dificuldades não devem ser motivo pra desanimar ou pra deixar de tentar fazer um bom trabalho. Nossa trajetória como professores, aliás, é feita de desafios, dificuldades e, acima de tudo, sonhos. Muitos deles conseguimos realizar com nosso esforço próprio e nossa vontade de fazer as coisas funcionarem. Como podemos, então, colaborar para vencer estes desafios, superar essas dificuldades? Vamos pensar juntos sobre isso?
Esta disciplina aligeirada, infelizmente, devido a estrutura do curso, mas com grandiosas contribuições pedagógicas trazidas pela Professora Bonilla, é o espaço propicio para isto.
Tenho certeza de que mesmo estando apenas "engatinhando" nesta área, um dia," eu cresço e começo a andar sozinha".Vou precisar, é claro da ajuda de todos vocês.


Primeiros passos



Vamos começar pelo começo? Este é um grande pleonasmo, mas tudo bem, me reservo licença poética para usá-lo. Meu nome é Alecciene, mas por ser um pouco diferente e por as pessoas acharem difícil, gosto que me chamem de Aleccia, Alê ou Aleccs. Sou professora de Língua Portuguesa, Inglesa e Respectivas Literaturas.Tenho certeza de que vou adorar, isto é, estou adorando esta disciplina: EDUCAÇÃO, CIÊNCIAS E TECNOLOGIAS - o conteúdo é tão interessante que o tempo passa rapidamente e a gente nem sente a velocidade da aprendizagem em nossas veias.
A tecnologia realmente é algo fascinante e envolvente. Aprender a desvendar seus mistérios para mim é algo prazeroso, singular e inexplicável, uma vez que estou na "alfabetização", descobrindo o encantamento de juntar as primeiras letras e formar as primeiras palavras neste mundo tão incrivelmente genial.
Conto com todos vocês para que esta caminhada seja muito enriquecedora.
Beijos